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Prefeitura Feira de Santana contrata instituto investigado por desvio milionário

Alvo da Operação Strike deflagrada pela Receita Federal, Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU), o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), foi contratado de forma emergencial pela Prefeitura de Feira de Santana para gerenciar serviços de saúde na cidade. O contrato tem o valor de R$ 20.950.114,76, e foi assinado no último dia 4 de abril pelo secretário municipal de Saúde e gestor do Fundo Municipal de Saúde, Rodrigo Matos.

Além de investigado por desvios milionários em recursos da saúde pública, o instituto foi escolhido para prestar "serviços profissionais na área de saúde, com dedicação exclusiva de mão de obra", de acordo com o extrato do contrato.

A contratação tem o objetivo de atender as demandas da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana, mesmo diante da suspeita de envolvimento do instituto em um esquema de fraudes em licitações e subcontratações fraudulentas.

Em 2021, o superintendente do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), Paulo Bittencourt, foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão da Operação Strike, deflagrada nesta quinta-feira, 9, em conjunto entre a Receita Federal, Polícia Federal e Controladoria Geral da União (CGU).

A Operação Strike investiga irregularidades em contratos firmados entre 2016 e 2018 por parte do IGH e a Prefeitura de Salvador. De acordo com as investigações, as licitações teriam sido direcionadas para favorecer o Instituto, que subcontratava empresas recém-criadas e ligadas aos próprios dirigentes do IGH. Parte dos recursos das subcontratações teria retornado aos representantes do IGH e, supostamente, a servidores da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e da Prefeitura de Salvador (PMS).

Além das buscas realizadas em residências e empresas, a Justiça Federal decretou o bloqueio de bens e valores dos investigados. O superintendente do IGH, Paulo Bittencourt, está entre os alvos dos mandados de busca e apreensão.

A contratação emergencial em Feira de Santana desperta pelo momento delicado da investigação. O valor firmado, que ultrapassa os R$ 20 milhões, traz questionamentos sobre os critérios adotados pelo município na escolha do prestador de serviço, sobretudo diante das acusações de corrupção e desvio de recursos públicos contra o Instituto.

A reportagem entrou em contato com os números da secretaria de Saúde do município e não obteve sucesso.

 

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