O policial penal, Francisco Carlos da Cunha, foi afastado das funções após ser alvo da segunda fase da ‘Operação Falta Grave’. A operação, realizada em conjunto pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap), o Ministério Público da Bahia (MPBA) e a Polícia Militar, investiga um esquema de cobrança de taxas a detentos da Casa do Albergado para possibilitar que passassem a noite fora da unidade. A ação cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência do policial em Salvador.
Segundo o MPBA, Francisco Carlos da Cunha foi denunciado por corrupção passiva e associação criminosa por operar esse esquema de propina dentro da Casa do Albergado e Egresso (CAE). A denúncia foi recebida pela Justiça, que determinou o afastamento do agente. As investigações apontam que ele, junto com outros quatro indivíduos denunciados na primeira fase da operação em setembro de 2024, cobrava valores dos internos da CAE para liberar pernoites e fins de semana fora da prisão.
As investigações do Gaeco revelaram que o policial penal recebia entre R$ 20 e R$ 70 por dia, com valores maiores em fins de semana e feriados. O esquema envolvia a burla dos registros de presença dos detentos, com assinaturas retroativas no livro. A prática criminosa era conhecida pelos presos dos regimes fechado e semiaberto em Salvador, que procuravam os agentes corruptos ao progredirem de regime para se beneficiarem. O objetivo da segunda fase da operação é coletar mais provas sobre outros integrantes da organização criminosa e seus métodos.
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