Reprodução/TV Globo
Uma adolescente de 16 anos, identificada como Victoria Manoelly dos Santos, foi morta com um tiro na madrugada da última sexta-feira (10), durante uma abordagem policial em uma festa na zona leste de São Paulo. O disparo saiu da arma de um sargento da Polícia Militar após ele dar uma coronhada no irmão da vítima. O homem foi preso.
Segundo testemunhas, Victoria e Kauê Alexandre dos Santos, de 22 anos, estavam com a mãe e amigos em frente a um bar, quando homens passaram correndo fugindo de policiais que haviam sido acionados para uma ocorrência de roubo.
Kauê relatou em depoimento que um dos PMs voltou até eles e passou a fazer questionamentos. Durante a discussão, o policial, identificado como Tiago Guerra, o teria agarrado pela gola da camisa, apontou a arma para seu rosto e deu uma coronhada na sua cabeça. Foi neste momento em que o disparo atingiu a adolescente.
O policial, por sua vez, afirmou que, ao abordar os irmãos, Kauê estava com as mãos na região da cintura e deu um tapa na sua mão para tentar se esquivar.
Victoria chegou a ser levada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a mãe da vítima, houve demora para socorrer a filha.
"Foi muito feio, foi a pior coisa da minha vida, jorrou sangue, e eles [PMs] não levaram, não a socorreram. Pedi pelo amor de Deus. Ajoelhei ao pé do policial pra ele socorrer minha filha. Eles não socorreram. Eles estavam preocupados em colocar meu filho dentro da viatura", disse à TV Globo.
O irmão a vítima foi levado à delegacia por alegação de desacato, mas foi liberado no mesmo dia. Já o policial também foi encaminhado ao local, onde foi preso por homicídio com dolo eventual, uma vez que o delegado entendeu que Tiago assumiu o risco de matar ao dar a coronhada no jovem.
A Polícia Militar solicitou o afastamento dos policiais envolvidos. O órgão afirmou que o caso eige uma "punição exemplar" aos responsáveis.
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