Com o tema “Vacinação de rotina: vacina é para toda vida”, a campanha nacional do Ministério da Saúde reforça a importância de seguir o Calendário Nacional de Vacinação e de manter a caderneta atualizada. Reconhecida como uma das estratégias mais eficazes de saúde pública, a imunização é indispensável para garantir a proteção ao longo da vida. A terceira fase da iniciativa é dedicada ao sarampo , depois de serem abordadas a coqueluche e a poliomielite.
Sarampo
O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode levar à morte. Sua transmissão ocorre quando o paciente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A transmissão pode ocorrer entre 6 dias antes e 4 dias após o aparecimento das manchas vermelhas pelo corpo.
A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação. Na rotina dos serviços de saúde, todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos de idade têm indicação para serem imunizados contra o sarampo, a depender da situação vacinal encontrada.
Tipos de vacina
.Dupla viral – Protege do vírus do sarampo e da rubéola. Pode ser utilizada para o bloqueio vacinal em situação de surto;
.Tríplice viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba e rubéola;
.Tetra viral – Protege do vírus do sarampo, caxumba, rubéola e varicela (catapora).
As vacinas tríplices viral e tetra viral, em geral, causam pouca reação. Os eventos adversos mais observados são febre, dor e rubor no local da administração e exantema. As reações de hipersensibilidade são raras.
Números
O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação para prevenir casos graves e óbitos causados pelo sarampo, e vem adotando diversas ações para incentivar a imunização em todo o país. Em 2023, 13 dos 16 imunizantes do calendário nacional tiveram aumento na cobertura vacinal, incluindo a vacina tríplice viral, que protege contra a doença, além da caxumba e da rubéola. A cobertura da primeira dose passou de 80,7% em 2022 para 88,48% em 2023, e em 2024, até o momento, já alcançou a meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) de 95%.
Quem deve se vacinar?
.Crianças: A vacinação contra o sarampo faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A administração da primeira dose deve ser aplicada aos 12 meses de idade (tríplice viral – sarampo, caxumba e rubéola) e a segunda aos 15 meses (tetra viral– sarampo, caxumba, rubéola e varicela);
.Pessoas de 5 até 29 anos devem ter duas doses da vacina com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. A pessoa que comprovar 2 doses da vacina tríplice viral será considerada vacinada;
.Pessoas de 30 aos 59 anos de idade devem ter uma dose da vacina. A pessoa que comprovar 1 dose da tríplice viral será considerada vacinada;
.Trabalhadores da saúde: Devem receber 2 doses de tríplice viral, a depender da situação vacinal encontrada, independentemente da idade. Considerar vacinado o trabalhador da saúde que comprovar 2 doses da tríplice viral.
Brasil está livre do sarampo
O Brasil recebeu, em 2016, a certificação de país livre do sarampo. Mas, devido às baixas coberturas vacinais, em 2018 ocorreu a reintrodução do vírus no país.
Em 2023, com a valorização do PNI, o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação e as ações de microplanejamento, houve intensificação da vacinação e das ações de eliminação da doença no Brasil. O país demonstrou avanços e evidências documentadas de ações realizadas pelos três entes da federação.
Com isso, em novembro de 2024, a Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) na Região das Américas – grupo independente de especialistas convocado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) – categorizou o Brasil como país livre do sarampo e a validação da manutenção da sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita.
Com a conquista do Brasil, as Américas recuperam o status de região livre de sarampo endêmico. O Ministério da Saúde e a Opas enfatizam que é essencial continuar fortalecendo os programas de vacinação, qualificar os sistemas de vigilância e melhorar a capacidade dos sistemas de saúde para uma resposta rápida a possíveis casos importados.
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