Diversos moradores de Alagoinhas têm manifestado insatisfação com a demora da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) em realizar visitas sociais, etapa necessária para novas inscrições em serviços essenciais como o Número de Identificação Social (NIS) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A dona de casa M.F.R.J, desempregada e vivendo de favor, relatou ao portal Se Liga Alagoinhas que está há 60 dias aguardando a visita social. Segundo ela, tem comparecido semanalmente à Central de Atendimento da SEMAS, localizada na Praça Graciliano de Freitas, e recebe apenas a orientação de que deve continuar aguardando. "É muito difícil não ter uma resposta concreta, ainda mais estando em uma situação tão complicada", desabafou.
A redação do portal procurou a assessoria de comunicação da SEMAS para esclarecer a situação. Em nota, a secretaria afirmou que as famílias beneficiárias do BPC precisam estar atentas ao prazo de atualização do Cadastro Único (CADÚNICO) para evitar o cancelamento automático dos benefícios pelo sistema do Governo Federal. Contudo, a resposta não esclareceu o motivo da longa espera para novos cadastros, o que preocupa ainda mais os cidadãos.
A nota oficial
Abaixo, confira a íntegra da nota enviada pela SEMAS:
A Secretaria Municipal de Assistência Social - SEMAS, vem a público esclarecer que as famílias que estão "aguardando na fila" passaram do prazo da atualização do CADÚNICO, o que gerou uma demanda reprimida para o setor, que inclusive vem enfrentando seguidas inconsistências no Sistema Operacional do Governo Federal.
As famílias beneficiárias do BPC (idosos e pessoas com deficiência) precisam ficar atentas ao prazo de atualização do CADÚNICO, para que o Sistema do Governo Federal entenda que elas estão ativas, e que não tenham seus benefícios automaticamente cancelados.
A SEMAS está atenta a todos esses casos e continuará empenhada em atender as necessidades da população da nossa cidade.
Orçamento robusto e demandas não atendidas
A situação chama atenção, especialmente porque a SEMAS é uma das pastas com maior orçamento do município. A falta de celeridade na realização de visitas sociais e a dificuldade enfrentada pelas pessoas em situação de vulnerabilidade sugerem a necessidade de uma reavaliação na gestão e no atendimento à população.
Enquanto isso, famílias como a de M.F.R.J seguem esperando por um serviço essencial que pode ser decisivo para a melhoria de suas condições de vida.
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