Segundo dados Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as reclamações contra os convênios bateram recordes em todo o Brasil e, na Bahia, onde no último trimestre de 2023, havia 1.689.737 pessoas vinculadas a planos de saúde. Entre 2022 e 2023, houve o aumento de 33,8% de novos processos contra planos de saúde no estado, quando chegaram ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) 8,7 mil ações.
No último ano, as maiores reclamações em primeira instância foram em relação a tratamentos médicos e fornecimentos de medicamentos (3 mil novos processos), cirurgias (1,7 mil novos processos) e tratamentos oncológicos (869), repetindo uma tendência do ano anterior. “Os padrões de tratamentos comumente negados pelos planos são aqueles considerados de alto custo, ou em que a seguradora alega não apresentar previsão na cobertura contratada. Em relação aos medicamentos, as negativas costumam ocorrer para remédios também de elevado valor, bem como os que não estão expressamente registrados no rol da ANS”, diz Samuel de Almeida Imperial, advogado especialista em Direito da Saúde, em entrevista ao Jornal Correio.
As operadoras afirmam que estão sofrendo com recordes de prejuízos, já que as despesas têm superado as receitas, sobretudo após a pandemia da Covid-19. Em 2022, por exemplo, o déficit do setor foi de R$ 10,7 bilhões. A conta desse rombo foi para o bolso do cliente, que teve que enfrentar um aumento médio de preço de 25% em 2023, de acordo com relatório do BTG.(Correio)
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