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MERCADO IMOBILIÁRIO APOSTA EM ‘EMPREENDIMENTOS VERDES’

Foto: Divulgação


 Um estudo da Neogrid em parceria com o Opinion Box apontou que os empreendimentos sustentáveis estão se destacando no mercado imobiliário da Bahia. A sigla em inglês ESG, que representa sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa, é a palavra de ordem do mercado. No cenário em que 37% dos consumidores brasileiros estão dispostos a desembolsar mais dinheiro por produtos ecológicos e sustentáveis.

“Quero um IPTU verde” é uma frase cada vez mais ouvida nesse setor, de acordo com Alexandra Landim, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon-BA). “A escolha por equipamentos para reduzir consumo, o reúso da água, a iluminação com LED e outras alternativas sustentáveis nos condomínios geram economia na manutenção das edificações”, comenta ele. E o desconto de 10% que a Prefeitura de Salvador concede no imposto dos edifícios sustentáveis é mais um incentivo para os clientes.

“Graças a uma parceria com um projeto de reflorestamento, zeramos a pegada de carbono da construção, e furamos um poço artesiano no canteiro, para um uso mais racional da água.” O projeto também incluiu o plantio de 1.500 árvores em Salvador, incluindo árvores frutíferas, para gerar conforto térmico.

A construtora do Monvert também optou por não criar um stand de vendas, uma construção temporária, que gera entulho e outros resíduos que vão parar em aterros. E, apesar dos clientes estarem dispostos a pagar mais por uma moradia verde, Sampaio afirma que a obrigação das empresas é garantir que a sustentabilidade não gere ônus aos clientes. Pelo contrário. “A melhor gestão dos recursos naturais reduz os gastos e faz baixar o condomínio, o que incentiva as pessoas a quererem morar num lugar assim”, diz.

François Rahme, CEO da F2 Construtora e Incorporadora, faz coro. A empresa assina o Alma Maraú, um residencial sustentável composto por 40 casas modulares, em Cassange, no sul do estado, construído, segundo ele, sem derrubar nenhuma árvore do terreno de 40.000 m². “Assim, conservamos sete mil espécies nativas e economizamos R$ 2 milhões com o projeto de paisagismo”, conta.

Depois de conquistar o primeiro lugar como projeto mais inovador e sustentável do Brasil no Green Building Council (GBC), o Alma Maraú ficou entre os 10 melhores colocados do mundo, concorrendo com 73 iniciativas de 23 países. Entre seus maiores diferenciais estão a parceria com o Instituto Lixo Zero, que fez do projeto o primeiro da Bahia a depositar 100% do lixo com coleta seletiva e destinação para um aterro sanitário registrado, e um sistema de esgoto biodigestor autossustentável, que garante que todo o esgoto seja tratado pelo próprio condomínio. “Todo o esgoto e gordura das casas são tratados por esse sistema inteligente e transformados em água limpa, que pode retornar ao solo ou ser reaproveitada pelo empreendimento”, explica Rahme. Segundo ele, o público tem cada vez mais interesse na sustentabilidade como valor agregado aos seus ativos imobiliários. “A sensação do comprador é de que ele está contribuindo para um mundo melhor.”


Fonte/Bahia econômica

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