Uma criança de 2 anos morreu na última quinta-feira (4) depois de receber alta três vezes de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos sem diagnóstico.
O atestado de óbito cita meningite, mas a família de Aylla Elisa da Silva Pereira denuncia que houve negligência e lembra que os médicos só falaram em “desidratação”.
Yure Gabriel Araujo e Luara Marina, pais da vítima, contaram que a menina passou mal pela 1ª vez no dia 31 de março. Ela estava na casa dos avós, vomitando muito.
Eles a levaram até a UPA de Manguinhos, administrada pela Prefeitura do Rio. No local, Yure disse que passaram soro em pó para ela tomar em casa e deram alta.
Em casa, a menina continuou vomitando. Na terça feira (2), a família retornou para a UPA de Manguinhos e passaram uma injeção, além de um outro medicamento e deram alta.
No dia seguinte, Aylla teve uma convulsão e não conseguiu mais andar. Eles retornam para a UPA de Manguinhos para o 3º atendimento, os médicos a levaram de ambulância até o Hospital Salgado Filho, no Méier, para fazer uma tomografia, e voltaram para Manguinhos já na madrugada de quinta (4).
O pai da menina disse que “não constava nada e liberaram ela às 6h30.”
No mesmo dia, vendo que a filha não melhorava, Yure e Luara decidiram mudar de unidade e foram para a UPA da Tijuca. “Fizeram o raio X, ela foi para a incubadora, e lá veio a óbito", disse Yure.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde lamentou profundamente o ocorrido com a pequena Aylla. Disse que uma sindicância foi aberta e os profissionais envolvidos nos atendimentos foram afastados até que a apuração identifique se houve negligência durante o tratamento.
Eles ainda acrescentam que as equipes das UPA recebem treinamento constante para o manejo de situações graves. O caso está em avaliação para identificar as possíveis fragilidades.
Fonte/SBT News
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