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Censo IBGE: população de idosos na Bahia aumentou quase 50% em 2022


 Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a população da Bahia registrou um aumento de 48,5% na população idosa, em comparação ao último levantamento feito pelo órgão.


				
					Censo IBGE: população de idosos na Bahia aumentou quase 50% em 2022
Foto: Canva Fotos

De acordo com o IBGE, em 2010, a população com idade de 65 anos ou mais equivalia a 7,2% da população, enquanto que, em 2022, este número aumentou para 10,6%.

Já o índice de envelhecimento da população baiana, aspecto que relaciona a proporção de idosos comparado a de crianças, indica que a população no estado envelheceu 86,1%. O balanço pulou de 28,3 idosos a cada 100 crianças para 52,6 idosos a cada 100 crianças.

Quando se compara essa realidade ao Brasil, que registrou um índice de envelhecimento de 80,2%, se nota que o comportamento baiano não difere do nacional.

Apesar do número maior, a população baiana continua levemente mais jovem que a do país, uma vez que a proporção de idosos para a de crianças no cenário nacional é historicamente maior que a da Bahia.

Além disso, há estados brasileiros, como o Rio Grande do Sul, em que a proporção de idosos para a de crianças é de 80 para 100, em 2022.

Segundo a lei do Estatuto do Idoso vigente no Brasil, pessoas com idade a partir de 60 anos já são consideradas idosas, enquanto que, mundialmente, considera-se idoso apenas pessoas com 65 anos ou mais.

Por isso, é importante ressaltar que a faixa etária considerada idosa pelo IBGE leva em conta um padrão estabelecido internacionalmente.

Número de idosos

De acordo com o IBGE, a análise feita através das pirâmides populacionais possibilita as alterações da estrutura etária da população. O estreitamento da base e o alargamento do topo dessa pirâmide indicam o aumento da população idosa, que é o comportamento observado na Bahia.


				
					Censo IBGE: população de idosos na Bahia aumentou quase 50% em 2022
Estreitamento da base e o alargamento do topo da pirâmide populacional indica o envelhecimento da população. Foto: Divulgação/IBGE.

A queda na população de crianças de 0 a 14 anos, e o recorrente aumento da faixa etária de 65 anos ou mais, podem ser observados na pirâmide populacional da Bahia desde 1980.

Neste ano, a faixa etária que corresponde às crianças representava 44% da população baiana. Em 2010, esse número passou a ser de 25,6% e, em 2022, corresponde a 20,2% da população.

Simultaneamente, a população com 65 anos ou mais cresceu gradualmente. Em 1980, esse grupo correspondia a 4,2% da população da Bahia, 7,2% em 2010 e chegou a 10,6% em 2022.


				
					Censo IBGE: população de idosos na Bahia aumentou quase 50% em 2022
Foto: Divulgação/IBGE

Índice de envelhecimento

A partir desses dados, o IBGE consegue precisar o índice de envelhecimento da população. A cidade elencada como a mais velha da Bahia, é a de Abar, localizado na Chapada Diamantina, onde o índice de envelhecimento é de 137. Já o título de mais jovem fica com Luís Eduardo Magalhães, no oeste, cujo índice é de 11,8.


				
					Censo IBGE: população de idosos na Bahia aumentou quase 50% em 2022
Tabela índice de envelhecimento - cidades da Bahia Censo Demográfico 2022. Foto: Divulgação/IBGE

Confira abaixo o ranking abaixo:

Cidades mais jovens
  • Luis Eduardo Magalhães
  • Porto Seguro
  • Ibicoara
  • Rodelas
  • Cairu
Cidades mais velhas
  • Abaíra
  • Jussiape
  • Jacaraci
  • Guajeru
  • Ibiassucê

Envelhecimento x qualidade de vida

Em conversa com o iBahia, a supervisora de disseminação de informações do IBGE no estado, Mariana Tavares, explicou que os fatores para o aumento da população idosa e do índice de envelhecimento são diversos.

O aumento na qualidade de vida, no acesso a saúde e o melhor desenvolvimento urbano estão ligados a esses resultados, mas não são as únicas explicações.

Quando se observa as cidades da Bahia com maior índice de envelhecimento, por exemplo, é possível perceber que são cidades do interior do estado, onde o desenvolvimento urbano pode não estar conectado a população envelhecida.

Nesses locais, é intensa a migração da população mais jovem para grandes centros influencia fortemente para a população mais velha. Além disso, o ritmo de vida mais pacato também é um aspecto que pode levar ao aumento do índice.


Fonte/Ibahia 

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