Um casal denunciou a morte do filho recém-nascido após problemas na hora do parto realizado Hospital da Mulher de Feira de Santana. Segundo o pai da criança, Jairo Silva, comerciante e morador da Baraúna, mesmo com documentos comprovando que o parto deveria ter sido feito de forma cesariana, a equipe médica preferiu realizar o parto normal.
A esposa de Jairo deu entrada no hospital no dia 8 de junho, ás 8h, e foi induzida até o dia 09, no qual às 19h25 teve a criança.
“Minha esposa estava munida dos documentos da Secretaria, que diziam que ela deveria fazer uma lacadura, mas, mesmo assim, a médica falou que ia provocar o parto normal. Minha esposa usa platina nas pernas e no punho, então tem posições que ela não aguenta, mas mesmo assim foi submetida a diversas posições. E a médica não obtendo exito no parto normal, começou a deferir cortes nela de 2º grau, comprovados em documento”, relata Jairo.
Conforme o relato do comerciante, foi realizado o uso de fórceps — instrumento obstétrico utilizado para facilitar a saída do feto do corpo da mãe no momento do parto. Assim, a criança teria sofrido asfixia e precisou ser encaminhado para a UTI do hospital.
Jaira também destaca que o pré-natal também já indicava que o parto deveria ser cesariano, e toda a situação ocorrida com sua esposa teve testemunhas.
“Eu chamo isso de atentado contra vida humana, porque uma pessoa que estava munida dos documentos, sofrer uma agressão dessa, porque isso que aconteceu foi uma tortura. De um dia pro outro,ela foi induzida, e mesmo sem condições físicas de passar por um parto normal, foi obrigada”, conta.
Na noite de ontem (25), o filho do casal veio a óbito. O pai da criança afirma que já procurou o Ministério Público (MP) e está esperando o recebimento do pontuário médico para prosseguir com as devidas providências.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
A Fundação Hospitalar de Feira, responsável por gerir o Hospital da Mulher, emitiu uma nota de esclarecimento lamentando o ocorrido e anunciando a abertura de uma sindicância, para garantir transparência nas investigações, que será publicada na edição desta terça-feira (27) do Diário Oficial Eletrônico do Município.
Confira a nota completa:
“A direção da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, responsável pela gestão do Hospital da Mulher, vem por meio desta nota lamentar profundamente o ocorrido e prestar solidariedade à família.
Assim que tomamos conhecimento, iniciamos imediatamente uma análise minuciosa dos fatos, em conjunto com a diretoria técnica da unidade. Nesse sentido, estamos estudando atentamente os relatórios médicos e demais informações pertinentes, a fim de compreender plenamente o que realmente ocorreu nesse lamentável episódio.
Para garantir transparência e imparcialidade na investigação do caso, a Fundação Hospitalar autorizou a abertura de uma sindicância, que será publicada na edição desta terça-feira (27) do Diário Oficial Eletrônico do Município. A sindicância contará com a participação de profissionais competentes e isentos, visando uma apuração rigorosa e justa.
Reforçamos nosso compromisso com a segurança e o bem-estar dos pacientes, bem como com a qualidade dos serviços prestados pelo Hospital da Mulher. Estamos empenhados em esclarecer todas as circunstâncias que envolvem esse caso.
Reafirmamos nosso comprometimento em manter a família informada sobre os desdobramentos da investigação, assim como os resultados obtidos por meio da sindicância. Buscaremos a máxima celeridade no processo, sem comprometer a qualidade da apuração.
A Fundação Hospitalar de Feira de Santana está aberta ao diálogo e pronta para cooperar com as autoridades competentes. Nossa prioridade é sempre a segurança, a confiança e o respeito pelos pacientes e seus familiares”
*com informações do repórter Sotero Filho
Fonte/de olho na cidade
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