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Petrobras perdeu R$ 60 bi em valor de mercado com intervenção de Bolsonaro, dizem banqueiros


 A Petrobrás acumula perdas da ordem de  R$ 60 bilhões e deve chegar a R$ 100 bilhões nesta segunda-feira, 22, após pressão do governo na companhia. O movimento reflete o desembarque de ações de investidores na estatal.  

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou o general Joaquim Silva e Luna para o comando da estatal no lugar de Roberto Castello Branco após os últimos reajustes nos combustíveis.

Os números consideram a desvalorização das ações na B3, a Bolsa brasileira, e nas Bolsas estrangeiras onde são negociadas as ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) da petroleira.

Somente na noite de sexta-feira, 19, a Petrobras registrou R$ 28,2 bilhões em redução de valor de mercado no Brasil e outros R$ 30 bilhões com os papéis no exterior, segundo banqueiros e gestores de investimentos que falaram com o jornal Folha de S. Paulo sob anonimato.

Na avaliação de dois dirigentes de bancos, as perdas superam aquelas provocadas pelo esquema de corrupção na estatal durante os governos Lula e Dilma Rousseff (PT).

Eles lembram que, desde que o escândalo revelado pela Lava Jato se tornou público, em 2014, o valor da Petrobras encolheu na Bolsa de cerca de R$ 310 bilhões à época para algo em torno de R$ 225 bilhões, quatro anos depois, uma perda de R$ 85 bilhões.

Segundo esses banqueiros, em quatro dias a medida de Bolsonaro pode causar dano maior que a Lava Jato ao valor de mercado da companhia.

Consideram ainda que, do ponto de vista das perdas para o caixa, a própria Petrobras declarou prejuízos de R$ 50,8 bilhões —R$ 6,2 bilhões com propinas e outros R$ 44,6 bilhões com investimentos nos projetos investigados.

Para eles, o que está em jogo agora é a perda de credibilidade da companhia. O derretimento das ações é mais rápido porque, dizem esses executivos, houve manobra do governo para interferir na política de preços dos combustíveis, o que pode comprometer o resultado da empresa e o retorno para seus investidores.

O mercado teme também efeitos sobre o processo de venda de ativos da estatal, que visa reduzir o endividamento e aceleraria a estratégia da empresa para se tornar uma grande pagadora de dividendos.

As informações são do jornal Folha de S. Paulo.


Fonte/ A tarde

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