A Bahia registrou o sexto dia consecutivo de alta na média móvel de casos da Covid-19 na Bahia. Segundo avaliação do secretário de Saúde do Estado, Fábio Villas-Boas, o aumento, tem, em parte, relação com a reativação dos serviços de vigilância municipal nas cidades do interior com testagens e acompanhamento dos casos ativos. A outra, como já era esperado, é consequência da realização de eventos e encontros durante as festas de fim de ano. A informação foi compartilhada pelo gestor durante entrevista à TV Bahia nesta segunda-feira (11). Nas últimas 24 horas, o estado identificou 1.649 casos do novo coronavírus, o que representa uma taxa de crescimento de 0,3%.
Villas-Boas também reafirmou a previsão para o início da vacinação dos baianos, no fim de fevereiro, e cobrou celeridade da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aprovação da Coronavac, imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês SinoVac e o Instituto Butantan. A vacina apresentou uma eficácia de 78% em casos leves e de 100% em casos graves e moderados. A agência reguladora pediu mais detalhes dos dados apresentados para finalizar o processo de liberação.
"Parte do aumento dos casos tem relação com os serviços de vigilância que começaram a operar depois da troca das gestões em mais de 80% dos municípios. A outra parte é consequência das festas como Natal e Réveillon. (...) Eu acredito que já no final do mês de fevereiro esse alinhamento [para vacinação] já esteja feito. Conforme eu havia previsto, a vacina do Butantan e a Russa [Sputinik V] já estão em solo brasileiro, no dia 15 de janeiro a União Química Farmacêutica, que é um grande laboratório nacional, vai iniciar a produção e fabricação do insumo da vacina em território brasileiro. A fábrica está pronta e eles começarão a produzir a Sputinik V no dia 15 de janeiro. A vacina do Butantan já está sendo envasada. Nós teremos duas grandes vacinas que estão sendo produzidas no Brasil, agora, a pressão tem que ser em cima da Anvisa que deve ser célere no processo de aprovação. Existem mecanismos que estão sendo usados em outros países no mundo, mas não no Brasil. O processo de análise da vacina pela Anvisa é considerado moroso e não coaduna com o estado de pandemia que o país vive. Hoje, os secretários do Brasil vão mandar uma carta ao ministro falando sobre a insatisfação", disse o secretário.
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